Uma lição de democracia e, ao mesmo tempo, respeito à diversidade sexual, é um dos orgulhos de uma escola estadual do Paraná desde 2011.Depois de chegar ao cargo de diretora da Escola Estadual Chico Mendes em 2009, a transexual Laysa Machado foi reeleita em 2011, com 98% dos votos da comunidade escolar.
A trajetória da educadora nem sempre foi boa. Ela sofreu muito preconceito antes de ser aceita. “Me assumi e botei um vestido. Fui mandada embora de todos os lugares onde trabalhava. Perdi amigos e mudei de cidade de novo”.
Laysa tem 41 anos assumiu sua transexualidade aos 26 anos. Hoje é única diretora transexual eleita democraticamente em uma escola pública brasileira. A instituição, situada em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, tem 1.800 alunos do ensino fundamental e médio. O luta contra o preconceito (não dos alunos, mas dos pais e dos próprios colegas de profissão) foi uma triste rotina. Sua sexualidade muitas vezes foi colocada acima de sua capacidade profissional.
Laysa é formada em História, com pós-graduação em Educação Especial, em Gestão da Educação e em Teoria do Conhecimento Histórico, e já lecionava em diversas escolas particulares em Guarapuava antes de assumir a transexualidade, mas foi sumariamente demitida ao colocar seu primeiro vestido há quase 13 anos. Episódios como esse foram vários, em várias escolas e cidades.
Mas ela seguiu adiante. Na Escola Chico Mendes, a eleição e a reeleição para o cargo de diretora foram os seus maiores reconhecimentos. “Antes eu era o traveco. Hoje sou respeitada. Nunca fui discriminada por alunos, sou muito querida por eles. O preconceito vem do adulto. Tenho alunos que sinto que são gays ou transexuais e sei que aqui eles são totalmente acolhidos e se espelham em mim”, disse Laysa, em entrevista ao Jornal O Globo.
domingo, 7 de julho de 2013
Exemplo: transexual dirige escola pública após eleição democrática
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